terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Universidade - Os eventos acadêmicos

Quando iniciamos na vida universitária nos deparamos com várias oportunidades de aprendizado e conhecimento. Eventos como congressos e simpósios são essenciais no processo de formação não só do graduando como também do pós-graduando. Após ter iniciado este ano a minha graduação em Jornalismo participei de alguns eventos acadêmicos que proporcionaram a mim o contato com diversos saberes distintos.

Logomarca do evento (Imagem: Rep. / Intercom).
Minha primeira experiência em um congresso na graduação foi no XVIII Congresso das Ciências de Comunicação da Região Centro-Oeste. Conhecido como Intercom, este congresso visa reunir profissionais, acadêmicos e pesquisadores da área de comunicação, isto é, pessoas ligadas ao Jornalismo, às Relações Públicas e à Publicidade e Propaganda. Este encontro que ocorreu entre os dias 19 e 21 de maio de 2016 na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), em Goiânia, foi importante para mim tanto para o meu conhecimento quanto para entender mais o que eu estou estudando e com o que eu me envolveria a partir deste ano.

No Intercom, há mesas redondas, palestras e debates que discutem assuntos e questões relevantes a serem pensadas e refletidas pelos comunicólogos e aspirantes do estudo de comunicação. Os estudantes não ficam de fora do evento, podendo participar como expositores em trabalhos para o público. Essas apresentações que abarcam diferentes áreas são muito interessantes e nos mostram a percepção de cada um ali, que são de diferentes lugares. É, assim, uma oportunidade única de conhecer pessoas, dialogar com vários pensamentos, lidar e conviver com a pluralidade dentro do campo de atuação que o comunicólogo atua.

Outro evento de destaque que também se encontra ligado ao que estudo e que participei em 2016 foi o I Congresso Epistemologias do Sul - Perspectivas Críticas. Realizado na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná na Universidade Federal de Integração Latino-americana (UNILA), o "Epistemologias do Sul" foi uma experiência sensacional e maravilhosa que tive em novembro do ano passado. O evento se tratou da discussão primordial acerca do papel das minorias sociais e de suas várias formas de produzir conhecimento em relação ao poder hegemônico estadunidense e europeu.

Minha apresentação no grupo de trabalho que abordou outros tipos de narrativas jornalísticas
(Foto por: Ludmilla).

Logomarca do evento (Imagem: Rep. / website).


Tive a honra de além participar como ouvinte, também de ser coapresentador em um grupo de trabalho. No trabalho que apresentei discutimos sobre um outro tipo de jornalismo que trabalhe com a narrativa que valorize os silenciados, uma narrativa viva composta por múltiplos sujeitos. Poder assistir às falas dos grupos de trabalhos foi essencial para adquirir novos olhares sobre o que estava sendo abordado nos diálogos. Este congresso trouxe vários latino-americanos como sujeitos fundamentais na produção de conhecimento oriundo do sul.

Minha proposta com esta publicação é enaltecer a importância dos eventos acadêmicos na vida do estudante. É com eles que aprimoramos nossos saberes e adquirimos novos para poder processar uma formação mais qualificada, que vá muito além daquilo que aprendemos dentro da sala de aula. É de fato, valorizar a prática de extensão disponibilizada pelas instituições de ensino.

Espero que gostem desta nova coluna "Universidade", nela trarei assuntos e questões relacionados ao ambiente universitário. Tanto como questões que presencio quanto outras discussões que são pertinentes neste espaço. Um grande abraço à tod@s! Obrigado pela visita!


Por Lucas Afonso de Souza.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Literatura - Resenha do Livro "No Coração da Floresta"

Capa do livro no meu Tablet (Arquivo pessoal).
Carey e Jenessa, duas jovens irmãs, uma com quatorze anos e a outra por volta dois seis anos, vivem há algum tempo no meio da floresta. Com hábitos que destoam muito dos que são comums a quem vive na cidade, elas sobrevivem da caça e de alguns alimentos enlatados que a mãe traz de quando em quando nas vezes que retorna da cidade. 

Só que desta vez, há um mês elas não veem a mãe. Certo dia, um homem e uma mulher, interrompem a calmaria e monotonia existente na mata e aparecem próximos ao lugar onde vivem, uma espécie de acampamento, com alguns utensílios e um velhor trailer. O homera, era o pai das meninas, e a mulher, uma assistente social, Sra. Hastel.

A vida toda Carey ouviu o pior sobre seu pai. Sua mãe sempre lhe contara que ele a batia, que a maltratava com frequência. Assim, a menina crescendo sem a presença so pai, o tomou como inexistente, nunca sentindo falta do amor paterno. Quando recebeu a proposta de viver no lar de seu pai, o Sr. Benskin, sentiu-se extremamente imersa na incerteza. Gostaria de poder dar uma vida melhor à irmã, coisa que não era proporcionada por sua mãe. E também, não se sentia sem sua mãe apenas pelo mês que estava fora. Apesar de amá-la muito, sofrera muito com as atitudes tomadas pela mãe. Ações que marcaram a vida de Carey. 

A decisão foi tomada. A menina, tida por ela mesmo como apenas uma caipira selavegem que não sabia falar corretamente fora morar com o seu pai, um sujeito que ainda para ela não significava nada, apenas a possibilidade de um futuro melhor à Nessa (como chamava sua irmã). A pequena praticamente não falava nada após certa idade. E isto, é um dos elementos da história que me instigou a continuar pendo forazmente o romance de estreia de Emily Murdoch. 

A vida das duas mudara completamente.  Agora, conviviam com o Sr. Benskin, Melissa, a esposa do pai delas, e a filha dos dois. Apesar do carinho que Melissa tinha para com elas, as dificuldades se apresentavam na convivência com a meia-irmã, a qual sempre as maltratava, e as humilhava. Outro grande desafio e uma novidade é estudar em uma escola junto com vários outros jovens. 

O tempo na floresta. A vida em meio à natureza selvagem, fria e real. Isso tudo, mostrou à Carey uma força inexorável. Deu a ela resistências diárias. Proporcionou à mesma lutar contra as adversidades, e dar amor e carinho a sua querida e amada Nessa. E, conto-lhes, que não foi fácil viver e conviver com o que elas passaram. A partir da "noite da estrela branca", uma noite marcante na vida das irmãs, juraram um guardar segredo por algo que aconteceu. O que acontece na floresta, fica na floresta. 

Marcante. Totalmente instigante. E, com uma história com traços verossímeis da realidade dura e cruel. No Coração da Floresta trouxe a mim vários aprendizados e me mostrou com maior truculência até onde podemos chegar. Murdoch escreveu muitíssimo bem a história e a estruturou muito bem para que pudesse alcançar o objetivo pelo qual ela queria passar a mensagem que gostaria de transmitir. Super recomendo a leitura e as/os comunico que caso leiam, preparam-se por fortes emoções.



Avaliação do blog de "No Coração da Floresta":


Enredo: 9,6
Linguagem: 9,2
Personagens: 9,4
Criatividade narrativa: 8,8
Capa: 9,4

Média: 9,3






Por Lucas Afonso de Souza.


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Diário de Viagem - A Foz das Maravilhas


Maravilhoso arco-iris nas Cataratas do Iguaçu (Arquivo pessoal).

Em outubro deste ano eu e mais alguns colegas recebemos um convite de um professor para viajar a Foz do Iguaçu, no Paraná, para participar de um congresso que nos interessaria em apresentar sobre o que estávamos produzindo. Sinceramente, não pensei que iria dar certo esta viagem, até porque a Universidade que estudo está passando por alguns corte assim como as demais instituições de ensino federal. Mas, contrariando o que estava pensando sobre esta possibilidade, a viagem deu certo. E no dia 6 de novembro estávamos, eu e minha colega (os demais já estavam em Foz) arpando para novas experiências em terras sulinas.

Autor do blog nas maravilhas (Arquivo pessoal).
A viagem, como foi realizada de ônibus, durou várias horas, 24 horas para ser mais preciso. Mas, todo esse tempo se passou rapidamente, pois, as conversas com minha colega renderam muito, e assim, aproveitamos bastante no caminho e as que pareciam intermináveis horas sentados no ônibus se decorreu de modo rápido com diversos assuntos. No dia 7 de novembro chegamos na cidade de destino. Muitas coisas nos aguardavam. E mal esperávamos que essa viagem seria extremamente maravilhosa.

Ficamos hospedados em um hostel excelente, com ótimo atendimento e boas acomodações (recomendo realizar reservas pelo booking.com). O mais interessante foi compartilhar o quarto com várias pessoas de vários lugares, apesar de minha intuição dizer que todos em que compartilhamos o quarto eram alemães. Poder estar em um mesmo lugar com pessoas diferentes de línguas diferentes é de certo modo enriquecedor, observar o outro com seus modos, perceber a diferença, produzir um diálogo intercultural.

Vista do Rio Paraguai, à direita Brasil e à esquerda Paraguay
(Arquivo pessoal).
Fomos participar do "I Congresso Epistemologias do Sul - Perspectivas Críticas", uma ótima oportunidade para aprender muito. Assim, nossos dias foram compostos de muita diversão, passeios e aprendizado. Dias muito corridos, em que pegávamos vários coletivos por dia para transitar pela cidade e cumprir nossos planejamentos. Dias de muito cansaço, porém com grandes recompensas. 

No dia 9 de novembro, pela manhã, fomos a Ciudad Del Este, no Paraguay. Dia de muita correria ao andar pelas movimentadas vias da cidade que traz muitos compradores de vários lugares para fazer suas compras de diversos produtos. Além do Paraguay, visitamos também a cidade de Puerto Iguazu, na Argentina. Uma pequena cidade com poucas atrações, mas com uma beleza simples do interior argentino.

Admirar a natureza é contemplar as verdadeiras riquezas do mundo (Arquivo pessoal).


Detalhes de Foz
(Arquivo pessoal).
Um dos destaques desta viagem foi a visita às Cataratas do Iguaçu. Uma das sete maravilhas da natureza, o as cachoeiras se encontram no Parque Nacional e proporcionam belas paisagens aos turistas que visitam o local tanto para apreciação quanto para curtir uma boa aventura em atrações um tanto quanto bem radicais.

Assim como ocorreu em São Paulo, o bom desta viagem foi poder conhecer a cidade bem de perto, a realidade das ruas, de seus habitantes. É super interessante viajar deste modo, ainda mais sendo um estudante de jornalismo, que trabalha a todo tempo com a observação e narração de espaços e sujeitos. Uma rica experiência que pretendo repetir ao longo desses anos na Universidade.


Por Lucas Afonso de Souza.


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