Capa do livro no meu Tablet (Arquivo pessoal). |
Carey e Jenessa, duas jovens irmãs, uma com quatorze anos e a outra por volta dois seis anos, vivem há algum tempo no meio da floresta. Com hábitos que destoam muito dos que são comums a quem vive na cidade, elas sobrevivem da caça e de alguns alimentos enlatados que a mãe traz de quando em quando nas vezes que retorna da cidade.
Só que desta vez, há um mês elas não veem a mãe. Certo dia, um homem e uma mulher, interrompem a calmaria e monotonia existente na mata e aparecem próximos ao lugar onde vivem, uma espécie de acampamento, com alguns utensílios e um velhor trailer. O homera, era o pai das meninas, e a mulher, uma assistente social, Sra. Hastel.
A vida toda Carey ouviu o pior sobre seu pai. Sua mãe sempre lhe contara que ele a batia, que a maltratava com frequência. Assim, a menina crescendo sem a presença so pai, o tomou como inexistente, nunca sentindo falta do amor paterno. Quando recebeu a proposta de viver no lar de seu pai, o Sr. Benskin, sentiu-se extremamente imersa na incerteza. Gostaria de poder dar uma vida melhor à irmã, coisa que não era proporcionada por sua mãe. E também, não se sentia sem sua mãe apenas pelo mês que estava fora. Apesar de amá-la muito, sofrera muito com as atitudes tomadas pela mãe. Ações que marcaram a vida de Carey.
A decisão foi tomada. A menina, tida por ela mesmo como apenas uma caipira selavegem que não sabia falar corretamente fora morar com o seu pai, um sujeito que ainda para ela não significava nada, apenas a possibilidade de um futuro melhor à Nessa (como chamava sua irmã). A pequena praticamente não falava nada após certa idade. E isto, é um dos elementos da história que me instigou a continuar pendo forazmente o romance de estreia de Emily Murdoch.
A vida das duas mudara completamente. Agora, conviviam com o Sr. Benskin, Melissa, a esposa do pai delas, e a filha dos dois. Apesar do carinho que Melissa tinha para com elas, as dificuldades se apresentavam na convivência com a meia-irmã, a qual sempre as maltratava, e as humilhava. Outro grande desafio e uma novidade é estudar em uma escola junto com vários outros jovens.
O tempo na floresta. A vida em meio à natureza selvagem, fria e real. Isso tudo, mostrou à Carey uma força inexorável. Deu a ela resistências diárias. Proporcionou à mesma lutar contra as adversidades, e dar amor e carinho a sua querida e amada Nessa. E, conto-lhes, que não foi fácil viver e conviver com o que elas passaram. A partir da "noite da estrela branca", uma noite marcante na vida das irmãs, juraram um guardar segredo por algo que aconteceu. O que acontece na floresta, fica na floresta.
Marcante. Totalmente instigante. E, com uma história com traços verossímeis da realidade dura e cruel. No Coração da Floresta trouxe a mim vários aprendizados e me mostrou com maior truculência até onde podemos chegar. Murdoch escreveu muitíssimo bem a história e a estruturou muito bem para que pudesse alcançar o objetivo pelo qual ela queria passar a mensagem que gostaria de transmitir. Super recomendo a leitura e as/os comunico que caso leiam, preparam-se por fortes emoções.
Por Lucas Afonso de Souza.
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