terça-feira, 9 de agosto de 2016

Cerimônia de Abertura Rio 2016 - A representatividade américo-latina nos jogos olímpicos

Ocorreu na última sexta-feira (5) no Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, a Cerimônia de Abertura da 31º Olimpíadas. "Rio 2016" é a primeira edição de uma Olimpíadas que acontece no continente americano, uma grande oportunidade de mostrar com maior minúcia as características que representam a América, e principalmente, o Brasil.

Abertura dos jogos de 2016 no Maracanã, Rio de Janeiro (Fonte:Água Branca em Foco).
Em tempos onde se instaura o que para uns seria uma "crise econômica", "crise política" ou mesmo mais uma fase conturbada em que a política brasileira se encontra em um momento de instabilidade, as Olimpíadas é um grande desafio para os brasileiros, e sobretudo, da administração municipal, estadual e federal. Dos dias 3 (porque o futebol se inicia antes da abertura oficial dos jogos)  a 21 de agosto, o Rio de Janeiro será palco do maior evento esportivo a nível mundial e será foco das mídias internacionais espelhadas pelo globo terrestre. Assim como aconteceu com a Cerimônia de Abertura, em que o Brasil se tornou informação de peso em vários jornais do mundo, a exemplo do "Clarin", "The Guardian" e do "The New York Times".

O evento durou mais de três horas e contou com a participação de milhares de artistas, voluntários e pessoas que contribuíram para fazer uma festa que pôde promover representação de histórias e sujeitos que fizeram ou fazem parte do Brasil. Como ocorre nesse momento das Olimpíadas, há uma apresentação elaborada e muito ensaiada para possibilitar um resultado digno e bonito de se ver, até porque os olhos de grande parte do mundo estão voltados para o Brasil neste período.
Logomarca dos jogos (Fonte: G1 Novelas).

A apresentação se inicia representando o início da vida e após isso, direciona-se à história do Brasil. Houve a demonstração dos povos que habitavam o território brasileiro,, das caravelas e dos portugueses entrando em contato com os indígenas. A chegada dos africanos que foram escravizados no período colonial e dos imigrantes árabes e japoneses foi enaltecida nessa primeira parte da demonstração artística. A imagem da cidade, da periferia constitui-se após a narração da história brasileira.

Quanto às participações musicais, Ludmilla, Zeca Pagodinho, Anitta, Gilberto Gil, MC Soffia, Karol Conka, Wilson das Neves e Marcelo D2 fizeram parte da festa. Momentos que se destacaram para mim foi Paulinho da Viola cantando o hino nacional e a representação de Karol Conka e MC Soffria cantando o estilo de música que enaltece o valor da mulher, o feminismo quebrando barreiras e conquistando espaço em um evento mundial. Gisele Bündchen entrou no Maracanã desfilando por todo o estádio ao som de uma das canções brasileiras mais consagradas internacionalmente, "Garota de Ipanema". de Tom Jobim.

É válido destacar toda a diversidade evidenciada a cada momento das apresentações e das atrações da Cerimônia. O Brasil mostrou muito dele, entretanto poderia mostrar mais ainda. Talvez, destacar mais de suas regiões, seu povo, pois, apesar de ser no Rio de Janeiro, as Olimpíadas envolve um país, e este país possuir  nome e é composto por uma grandiosidade de raças e culturas.

A ideia de transmitir a mensagem do cuidado que devemos ter com a natureza e da conscientização quanto aos problemas que o aquecimento global provoca é muito relevante. O fato dos atletas depositarem sementes para futuramente formarem uma floresta na região de Deodoro no Rio, é uma excelente iniciativa idealizada, que confirma o sentido transmitido ao longo do evento sobre a preocupação com o meio ambiente. O desfile das delegações foi diferente das demais edições, mais dinâmico, colorido, esta parte carregou a cara do Brasil. Entrando na frente da delegação do Brasil, a modelo Lea T, mostrou para que veio, sendo a primeira transexual a participar de uma abertura dos jogos olímpicos.

Ficaram encarregados de carregar a tocha até a  pira olímpica, o tenista Gustavo Kuerten (o Guga), a jogadora de basquete Hortência e por último, a pessoa que acendeu a pira, foi Valderlei Cordeiro de Lima, atleta que ficou reconhecido no mundo inteiro após ser impedido de ganhar o ouro no momento da competição nos jogos olímpicos de Atenas, em 2004.

Portanto, tivemos uma abertura composta por grandes novidades, grandes emoções, grandes representatividades. Esconde, é claro, muito das nossas tristezas e mascara alguns graves problemas que ocorrem atualmente. Mas, talvez, em sua essência além de carregar a mensagem da sustentabilidade, já mencionada, permite-nos reconhecer grandezas nacionais e promover um sentimento de esperança, de união e da diversidade que nosso país possui.


Por Lucas Afonso de Souza.


2 comentários:

  1. Por motivos de "Não assisto televisão, por isso não sei o horário das coisas" e "Estava vendo série na hora do negócio", eu simplesmente perdi a abertura! Só mesmo uma pessoa como eu pra "esquecer" de ver a abertura das Olimpíadas no próprio país! kkkkkk
    No dia seguinte, fiquei completamente arrependida depois que vi todas as imagens e comentários que se espalharam pelo Twitter e Facebook. Mas pelo que ouvi falar, foi lindo, e todos os envolvidos estão de parabéns!

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