sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Rio 2016 - Da periferia ao pódio olímpico

Rafaela Silva com a medalha de ouro conquistada nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro (Fonte: Pure People).

É com grande satisfação que escrevo aqui no blog sobre a conquista desta grande e batalhadora mulher. Negra, advinda da periferia, comunidade de Cidade de Deus no Rio de Janeiro, Rafaela Silva mostrou para o que veio ao mundo na segunda-feira (8). Ela se tornou a primeira judoca brasileira a ser tanto campeão mundial (2013) quanto campeã olímpica (2016).

Rafaela, que nos jogos olímpicos de 2012, em Londres, sofreu com acusações racistas, superou-se. Nesta edição, lutou com garra e muita força, para silenciar os que a oprimiram, para provar que uma mulher negra pode vencer, e enfrentar tanto as adversidades diárias quanto as competições acirradas promovidas pelo Judô.

Essa medalha de ouro é prova do esforço individual de uma mulher que nasceu em um espaço com ausência de boas condições de vida. Rafaela, é prova viva da superação da assídua violência que mulheres negras da periferia sofrem, de pessoas que encontram obstáculos cruciais para desistência no campo esportivo, de indivíduos que são constantemente oprimidos pela sociedade.

Visualizo as Olimpíadas como uma oportunidade de compartilharmos inúmeros sentimentos, seja entre nós brasileiros, seja conhecendo a história de atletas de outros países e continentes. Acredito que seja uma união mundial, na qual os confrontos são amenizados para dar lugar à junção dos mais dissonantes povos da terra. Aguardo ansiosamente que possamos, ao final dos jogos Rio 2016, enaltecermos relevantes ideais que se passaram neste período.


Por Lucas Afonso de Souza.


2 comentários:

  1. Eu assisti a luta dela pela TV, foi simplesmente lindo. Eu não entendo muita coisa de judô, e na verdade tava só esperando começar outra coisa que ia passar depois (acho que era Ginástica Artística feminina). Mas quando vi o tanto que a luta tava disputada, comecei a prestar atenção e ficar torcendo por ela, e fiquei super alegre quando vi que ela tinha conseguido. Depois, senti mais orgulho ainda quando soube que era veio da Cidade de Deus, e que tinha sido atacada em 2012. Foi uma verdadeira vitória contra a desigualdade, a falta de oportunidades e o racismo.

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  2. Sim, e é muito bom vivermos isso juntos, comemorarmos juntos com a Rafaela! Obrigado pelo comentário Lethycia.

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