terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Literatura - Resenha de "O Pequeno Príncipe"

(Imagem: Reprodução / Saraiva).

Sinopse: Livro de criança? Com certeza.Livro de adulto também, pois todo homem traz dentro de si o menino que foi. Como explicar a adoção deste livro por povos tão variados, em tantos países de todos os continentes? Como explicar que ele seja lido sempre por tanto milhões e milhões de pessoas? Como explicar a atualidade deste livro traduzido em oitenta línguas diferentes?

Como compreender que uma história aparentemente tão ingênua seja comovente para tantas pessoas?
O Pequeno Príncipe devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia a dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino.

Sinopse retirada do Skoob


(Imagem: Reprodução / Abril).

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos".

Resenha: É interessante observar como a mente de uma criança trata as coisas do mundo. Como uma criança percebe o universo que está a sua volta. O livro O Pequeno Príncipe do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry aborda um olhar sobre a percepção da criança e traz a tona profundas críticas sobre atitudes humanas.

(Imagem: Reprodução / Blogmail).

O narrador é um piloto de avião que inicia a história contando uma inquietação quando criança que ainda se permaneceu em sua fase adulta. Ainda garoto ele havia desenhado uma curiosa ilustração e perguntou a várias pessoas o que era aquilo que havia desenhado. As respostas, em unanimidade, diziam que aquilo era um chapéu. O pequeno se desapontou, pois, ninguém conseguia perceber que na realidade ele havia desenhado uma jiboia engolindo um elefante. Depois de adulto ele resolveu fazer a mesma pergunta para as pessoas a respeito do desenho. E a resposta sempre era a mesma.

(Imagem: Reprodução / O Pequeno Príncipe).



(Imagem: Reprodução / Cultura Mix).
Em uma viagem que estava fazendo, ocorreu uma pane no sistema do avião e fez com que ele pousasse em um deserto. Ele estava no continente africano, mais especificamente, no deserto do Saara. Após um prazo do ocorrido uma voz interrompe o silêncio do local. Era um pequeno menino trajando vestes distintas do comum para sua idade. Os dois começaram a conversar. O piloto resolveu perguntar ao garoto sobre o desenho. O menino naturalmente respondeu que ele não se interessava por uma jiboia engolindo um elefante. O homem se espantou com a perspicácia do menino em depreender subitamente o que era de fato a ilustração que estava em suas mãos.

Foi feito um pedido por parte do pequeno que o piloto desenhasse um carneiro. Após algumas tentativas falhas, o piloto desenhou uma caixa e disse que o animal estaria lá dentro. O menino se encantou com o resultado. A partir daí os dois puderam conhecer mais um do outro. O menino disse que ele viera de um outro planeta. Após algumas falas do mesmo, o adulto pensou que ele poderia estar vindo do asteroide B612.

(Imagem: Reprodução / Clube de Cinema Petrópolis).

Com as narrações do pequeno, ele pôde captar a inteligência e destreza do menino. Primeiramente, o garoto se ateve a contar como era o lugar em que vivia. Era muito pequeno, havia somente uma rosa que ele cuidava com bastante carinho e de quando em quando nascia um baobá - uma árvore que cresce rapidamente -. Levando em consideração que o planeta em que ele vivia era muito pequeno, a possibilidade de um baobá crescer muito naquele lugar acabaria destruindo o lar do menino. Por isso que ele pediu ao piloto que desenhasse um carneiro, para que o animal pudesse comer os pés de baobás ainda pequenos e evitar que um desastre acontecesse.

(Imagem: Reprodução / Hey Kerol).
Algo que o pequeno gostava de fazer era admirar o pôr do sol. E o lugar que ele morava era perfeito para tal feito. Ele conseguia ver o fenômeno natural várias vezes durante o dia. Um privilégio que apenas ele, a rosa e os baobás desfrutavam. Certo dia ele resolve sair para conseguir o carneiro que pudesse acabar com o perigo que os baobás representavam ao seu lar e à flor. Promete à sua rosa que ele voltaria para poder cuidar dela novamente. Parte para sua missão com o coração partido.

Nesta viagem ele passou por vários planetas. Entre as pessoas que ele conheceu estão um rei que governava um planeta muito pequeno e sem outros moradores; um contador de estrelas; um bêbado que bebia para se esquecer que era um bêbado; um acendedor de lampiões; um geógrafo que desconhecia o próprio espaço em que morava, um homem vaidoso e na terra, uma serpente que lhe prometeu através de uma picada o retorno ao planeta que o garoto morava. Assim, o pequeno príncipe enxergou a realidade dos adultos, assustando-se com as atitudes tomadas por eles, pelo egocentrismo e ações supérfluas.

(Imagem: Reprodução / No Meu Mundo).

Com uma narrativa, a priori, voltada para o universo infantil, O Pequeno Príncipe com seu teor filosófico consegue transpor questões importantíssimas a serem pensadas. Demonstra-se na narrativa a visão de mundo das crianças que perde sua sutileza com o passar do tempo, e já na fase adulta, quase não sobra aquela perspicácia e imaginação existente na infância. Eu amei as mensagens que o livro nos passa, cada uma contém em suas entrelinhas sábios pensares sobre a vida humana. É uma obra que apesar da simplicidade da linguagem traz uma grandiosidade em sentidos aos leitores, que é justamente uma das maravilhas que a literatura nos proporciona. Uma super indicação de leitura para todos os públicos!

Capa do livro (Imagem: Reprodução / Amazon).




Avaliação do blog de "O Pequeno Príncipe":


Enredo: 9,5
Linguagem: 9,6
Personagens: 8,8
Criatividade narrativa: 9
Capa: 9

Média: 9,1






Por Lucas Afonso de Souza.

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